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Foto do escritorSérgio Faria

Engenheiro brasileiro investe R$ 1 milhão para lançar suco em cápsula


Para preparar a bebida, pronta em 1 minuto, a máquina funciona com a injeção de ar e água, sem lâminas.

O engenheiro mecânico Marcos Pinotti sempre gostou de sucos de frutas, mas tinha preguiça de fazer um “de verdade”. Em busca de praticidade e com a ideia de melhorar o produto vendido em polpa no saquinho, Pinotti criou e patenteou o sistema Juice in Time, composto por uma máquina para preparar o produto a partir da polpa congelada, mas armazenada em cápsulas. A empresa começa a funcionar para valer em agosto e exigiu investimento de R$ 1 milhão para sair do papel. Para preparar a bebida, o usuário precisa colocar a cápsula no copo, acoplá-lo no equipamento e apertar um botão. A máquina não tem lâminas e funciona com a injeção de ar e água. O diferencial também fica por conta do preparo do suco no próprio copo. E o suco, disponível em seis sabores, fica pronto em um minuto. O projeto-piloto começou a funcionar no início deste ano. Atualmente, a empresa tem seis clientes e oito máquinas instaladas. No primeiro momento, a ideia é instalar máquinas em empresas, no regime de comodato, para lucrar com a venda das polpas, que receberam o nome de Vaptfrut. A meta é alcançar 380 máquinas e faturar R$ 2,5 milhões neste primeiro ano. No segundo ano, a expectativa é chegar a 1,6 mil máquinas e R$ 14 milhões de faturamento.

O escritório da subsidiária da multinacional Ravago, em São Paulo, foi o primeiro cliente a instalar o produto. “É um benefício da empresa. A máquina gera muita curiosidade”, conta o diretor-financeiro Fabio Simões Perez, que gasta cerca de R$ 1 mil por mês com as polpas. “É um pouco menos do que eu gasto com café”, compara. Cada polpa custa R$ 2,50 e rende um suco de 300 ml. A empresa ainda pode optar por instalar um leitor de fichas e um moedeiro para controlar o consumo. Além do mercado corporativo, as pequenas lanchonetes aparecem como clientes potenciais. Isso porque o comércio consegue oferecer a bebida em um espaço reduzido sem a necessidade de contratar mais funcionários. “Em espaços menores, ganhamos competitividade. Uma padaria, por exemplo, já tem a estrutura e funcionários para o preparo dos sucos”, pontua Pinotti. O mercado doméstico está nos planos do empresário, mas antes Pinotti precisa crescer regionalmente para garantir a entrega da polpa. Hoje, a empresa trabalha com operadores parceiros, mas pretende ter operação própria. A capacidade atual de produção mensal é de 100 equipamentos e 20 toneladas de polpa. História. Pinotti trabalhou como executivo na área de consultoria por 12 anos na SAP, empresa que atua no segmento de softwares de gestão empresarial, mas como já tinha a ideia de criar um sistema para trazer praticidade ao preparo de sucos, resolveu trabalhar em uma empresa menor para, então, dedicar-se ao projeto. “Eu troquei muito estresse por muita ansiedade”, afirma Pinotti, que em pouco mais de um ano saiu da concepção do produto ao lançamento da empresa. Na avaliação do professor de empreendedorismo do Insper, Marcelo Nakagawa, o produto é interessante e segue na linha do sistema Nespresso, modelo que inovou o jeito de tomar café. “O mercado já está preparado para esse tipo de lógica, de oferecer algo que é natural e que vem em cápsula”, pontua. Fonte: Estadão

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